Ele nos deixou cedo de mais, mas a sua obra permanece e será eterna. Com os Mescarelos deu seus últimos suspiros no mundo dos vivos. Confira a letra de Johnny Appleseed: Lord, there goes Johnny Appleseed He might pass by in the hour of need There’s a lot of souls Ain’t drinking from no well locked in a factory
Hey - look there goes Hey - look there goes If you’re after getting the honey - hey Then you don’t go killing all the bees
Lord, there goes Martin Luther King Notice how the door closes when the chimes of freedom ring I hear what you’re saying, I hear what he’s saying Is what was true down along the soul
Hey - I hear what you’re saying Hey - I hear what he’s saying If you’re after getting the honey - hey Then you don’t go killing all the bees
What the people are saying And we know every road - go, go What the people are saying There ain’t no berries on the trees
Let the summertime sun Fall on the apple - fall on the apple
Lord, there goes a Buick forty-nine Black sheep of the angels riding, riding down the line We think there is a soul, we don’t know That soul is hard to find
Hey - down along the road Hey - down along the road If you’re after getting the honey Then you don’t go killing all the bees
Hey - it’s what the people are saying It’s what the people are saying Hey - there ain’t no berries on the trees Hey - that’s what the people are saying, no berries on the trees You’re checking out the honey, baby You had to go killin’ all the bees
Itamar: isso ainda dá repercussão Figura emblemática da modernidade negra paulista, ele deixou cerca de 30 canções inéditas gravadas, que vão sair em CD
Lauro Lisboa Garcia Tamanho do texto? A A A A O derradeiro projeto musical do compositor Itamar Assumpção (1949-2003), Isso Vai Dar Repercussão, com Naná Vasconcelos, deu muito mais o que falar do que o título previa. Não apenas pela ideia notável de Zeca Baleiro produzir esse encontro de criadores ímpares. "O som dos dois foi modificado pelos sons dos dois", definiu o percussionista pernambucano, mas o traçado original foi pro beleléu. Ou seja, ficou mais a cara de Beleléu, apelido pelo qual Itamar também era conhecido. "No fim, ele queria que o disco fosse só dele", lembra Paulo Lepetit, compositor, produtor, baixista, guitarrista e braço direito de Itamar.
Então, daquelas sessões ficaram muitas músicas gravadas e não incluídas no CD de apenas 7 faixas. Este ano, em que se completam 60 anos de nascimento de Itamar (no dia 13 de setembro), elas devem vir a público em dois CDs, com cerca de 30 faixas inéditas. Um dos álbuns terá Lepetit como produtor, o outro, Beto Villares - o nome por trás de alguns dos melhores álbuns da temporada, entre eles, Pelo Sabor do Gesto, de Zélia Duncan, que inclui outra inédita de Itamar (Duas Namoradas, com letra de Alice Ruiz).
Com repertório já digitalizado, os dois álbuns vão integrar a Caixa-Preta, que o Sesc (Serviço Social do Comércio) vai lançar, reunindo todos os outros discos de Itamar. Ele ainda ganha um programa especial da TV Cultura (leia abaixo) e também é parte importante do documentário que Ribamar de Castro, hoje radicado na Espanha, está realizando sobre o Lira Paulistana, lendário teatro da Praça Benedito Calixto, do qual foi sócio, e abrigou a moderna música de São Paulo, a chamada "vanguarda paulistana", Itamar incluído, nos anos 1980.
Outro documentário, só sobre Itamar deve ser realizado pelo Itaú Cultural. Segundo a assessoria, isso ainda é um "projeto futuro", talvez para 2010. A ideia ainda precisa ser amadurecida. Segundo Lepetit, os discos também dependem de detalhes burocráticos, como a liberação de um simples trecho de uma letra traduzida para o japonês, que o autor precisa autorizar.
"Trabalhamos muitos anos juntos. Começamos em 1981 e uma das primeiras coisas que ele me falou era que a gente podia tocar junto a vida toda. Eu disse que uma vida era muito tempo, mas isso acabou acontecendo", lembra o músico. "Tivemos algumas brigas, idas e voltas, ele se foi, mas a gente continua trabalhando com ele."
As "sobras de estúdio" com as quais Lepetit vai produzir seu disco, na maioria, vêm das sessões do encontro com Naná. "Aquele projeto era pra ser um show, eu sugeri que fosse um disco. Depois houve um desentendimento sobre o destino do disco, então a gente parou", lembra.
Durante aquele período, já sem Naná, a cada dia Itamar chegava ao estúdio de Lepetit "com umas quatro ou cinco composições novas". "Nessa fase ele estava muito produtivo e a gente gravou umas 30 músicas. O processo era sempre esse: ele gravava voz e violão, e depois a gente trabalhava em cima. Por isso sobraram muitas, mais de 20, só comigo, fora as outras que foram recolhidas em outros estúdios."
Anelis Assumpção, filha dele, fez uma triagem dessas gravações e de outras que integrariam os volumes 2 e 3 do projeto Pretobrás. "Apesar de não ter os contratos fechados, estamos trabalhando há mais de dois anos na regularização da parte jurídica da obra", diz Ana Paula Malteze, coordenadora do Selo Sesc. "Como ele fez esses discos de forma independente, não havia documentação. A ideia é lançar a Caixa-Preta até o fim do ano. Era um projeto do próprio Itamar ter uma compilação de toda a obra com esse nome."
Os fundamentais discos gravados de Itamar foram lançados por várias gravadoras. Os dois primeiros, Beleléu, Leleu, Eu - Isca de Polícia (1980), um clássico instantâneo, e Às Próprias Custas S/A eram do selo Lira Paulistana e passaram para a Baratos Afins, que lançou a espetacular trilogia Bicho de Sete Cabeças (1993), que gravou com uma banda de mulheres, As Orquídeas. Sampa Midnight - Isso Não Vai Ficar Assim, foi produção independente, gravação de um show. Intercontinental! Quem Diria! Era Só o Que Faltava!!! (Continental/Warner) foi o único título dele produzido e lançado por uma grande gravadora. Tinha parceria com Jards Macalé (Zé Pelintra) e duas canções que repercutiram posteriormente na voz de outras cantoras: Sutil (Ná Ozzetti) e Filho de Santa Maria (Zizi Possi).
Ataulfo Alves por Itamar Assumpção - Pra Sempre Agora (1996), seu inusitado tributo ao compositor mineiro, saiu pela Paradoxx. Título dos mais burilados, Pretobrás - Por Que Eu Não Pensei Nisso Antes (1998) é da Atração. Finalmente, Isso Vai Dar Repercussão, gravado em 2001, mas só lançado postumamente em 2004, pertence à Elo Music, de Paulo Lepetit.
Segundo Riba de Castro, a morte de Itamar foi o que o impulsionou a contar a história do Lira Paulistana, primeiro escrevendo um livro e depois realizando o filme. "Sem a menor dúvida, Itamar Assumpção estará muito presente no documentário sobre o Lira, por meio de sua música, do depoimento de sua filha Anelis, da letrista Alice Ruiz e vários artistas que dividiram o palco com ele." Idealizada e dirigida por ele, a produção está em fase de captação de recursos para sua finalização.
Como artista gráfico, Riba fazia toda a programação visual do Lira. Para o lançamento do primeiro disco de Beleléu com a Banda Isca de Polícia (na época Bando), ele fez um cartaz que mostrava o rosto de Itamar atrás de grades. "A partir desse cartaz criei o cenário para a temporada no teatro. O palco transformou-se numa cela de cadeia. O show começava com o som de uma sirene de polícia, com as luzes apagadas, os músicos entravam com uma lanterna em direção a seus instrumentos", lembra. "Itamar, com outra lanterna, iluminava as caras na plateia, enquanto eu iluminava sua cara de baixo para cima. Quando se acendiam as luzes, Itamar e seu Bando estavam cercados por grades, separados do público. Foi algo difícil de fazer dentro do Lira, pois as arquibancadas estavam a pouco mais de um metro do palco. Era uma apresentação bastante teatral." Era 1981. Já não era tempo do IA ser relembrado.
O que mais escrever sobre Arnaldo Baptista e os Mutantes? O documentário longa metragem Loki está em cartaz nos cinemas da cidade e pode responder a esta e outras perguntas. Tive contato com os Mutantes no longíncuo ano de 1985. O rock brasil fervia com bandas que emulavam o som do pós punk inglês e da new wave americana. Quem comandava as paradas de sucesso das rádios pelo Brasil e nos programas de auditório do Chacrinha eram os Titãs, a Legião Urbana, o Capital Inicial, os Paralamas do Sucesso, Lobão, Ultraje a Rigor, Kid Abelha, Barão Vermelho e muitos outros menos conhecidos da época. Estava circulando pelas ruas de Goiana quando me deparei numa das poucas lojas de disco da capital do centro oeste com três discos dos Mutantes relançados naquele ano pelo selo Baratos Afins. Eram eles Os Mutantes, Divina Comédia ou Ando Meio Desligado, Mutantes e seus Cometas no Pais dos Baurets. Comprei os quatros e cheguei a seguinte conclusão depois de tê-los ouvidos:_ o rock brasil teria que evoluir muito para alcançar a ponta da cauda do cometa Mutantes, quanto ao núcleo central dificilmente alguém ousaria chegar. Passados 24 anos da primeira audição, os vinis ainda estão comigo, sinto as mesmas emoções de sempre e continuo afirmando que no rock brasil Os Mutantes estão no núcleo central e os todos os demais circulando ao redor. Para quem achava que não tinha nada mais a escrever sobre Arnaldo Baptista e Os Mutantes até que saiu uma lembrança bem legal. Abaixo o trailer de Loki
Espero ansioso pelo show Zii e Zie aqui no Rio de Janeiro. Nada pode ser mais bacana para um senhor de 60 e poucos anos, mesmo que esse senhor seja o Caetano Veloso, do que compartilhar a sua "velhice" ativamente com os filhos e os amigos de geração dos filhos, músicos mais jovens.
Como parte das comemorações do Ano da França no Brasil, o Sesc da Avenida Paulista trouxe a exposição Gainsbourg, artista, cantor, poeta, etc a São Paulo. O título já mostra que Serge Gainsbourg foi um artista de múltiplos talentos; apesar de seu sucesso na música, ele também foi artista plástico, diretor de cinema e ator, entre outras atividades artísticas. Dividida em quatro períodos da carreira de Gainsbourg, a exposição é multimídia (como era seu homenageado) tem registros fotográficos, em vídeo e sonoros. Foi originalmente apresentada em Paris no ano passado.
Quando: até 7 de setembro (terça e sexta, das 13h às 22h; sábados domingos e feriados, das 11h às 20h)
Onde: Sesc Avenida Paulista (Av. Paulista, 110, São Paulo, SP - próximo ao metrô Brigadeiro)
Sonic Youth, a mais importante e influente banda indie de todos os tempos. Referência absoluta dentre nove de dez bandas que surgiram a partir dos anos 80. Acabam de lançar mais um disco de inéditas, The Eternal. O título não poderia ser mais apropriado para uma banda que se renova a cada novo álbum. Sonic Youth, REM, Hüsker Dü, Dinosaour JR & Pixies provam a importância do rock americano para qualquer moleque que desejar se trancar numa garagem para fazer rock'n roll.
Para muitos era conhecida como "a musa da bossa nova", entretanto, Nara Leão vai muito além desse e outros rótulos. Se tivesse vivido nos EUA ou na Europa com toda certeza Nara Leão estaria ocupando o seu lugar no olimpo das grandes cantoras ao lado de uma Bill Holiday, Ella Fitzgerald ou Édith Piaf. Como estamos em terras tupiniquins e sofrenos cronicamente da falta de memória poucos nos importamos em reverenciar, lembrar ou homenagear aqueles que já se foram ou ainda estão por ai, porém esquecidos, afastados da grande mídia e entregues a própria sorte. A quem possa interessar, há uma biografia escrita pelo jornalista Sergio Cabral:_Nara Leão, uma Biografia lançada em 2001.
Não vejo a hora de por as minhas mãos no novo disco do Tremendão Erasmo Carlos. O cara é uma fera. Se o Canadá nos presenteou com Neil Young, o Tio Sam com Bob Dylan, o Brasil não deixa nada a desejar com o Erasmo Carlos. Ainda na mesma linha de raciocínio: se do outro lado do oceano Atlântico havia Lennon-McCarthy, há Jagger-Rirchard, do lado de cá da poça temos Roberto-Erasmo. Erasmo Carlos está no mesmo patamar dessa turma citada acima. O ano de 2009 tem sido muito especial para essa galera que já enveredou pela casa dos 60 anos de idade e ainda tendo muito a dizer para as novas e velhas gerações. Reclamar do que? Não há do que reclamar. É só botar a "vitrola" para funcionar e ouvir os novos trabalhos de Neil Young, Bob Dylan e Erasmos Carlos.
Na última sexta-feira reuni alguns amigos e meus pais para comemorar o meu aniversário. Entre um queijo aqui, uma taça de vinho português ali, papo vai papo vem: vôo 447, trombocitopenia, música africana, jamaicana, nigériana,do congo, etc, etc, etc...(só para lembrar do programa do Paulo Massari, todos os domingos às 22:00 h na OI FM) botei para tocar o álbum Acabou Chorare - Novos Baianos. Meu pai no auge dos seus 81 anos ficou maravilhado com sonoridade do disco. Meu cunhado, impressionado com a cantora me perguntou quem ela era, Baby Consuelo, falei prontamente. Meu pai com toda sua sapiência não pestanejou em reconhecer o Morais Moreira na segunda faixa do álbum. Por mais aberto que me coloco as novas experiências sonoras ouvir estes discos históricos dos anso 70 (Fruto Proíbido - Rita Lee & Tutti Fritti seria outro)é tão vital como beber água em dia de verão escaldante.
A vida poderia ou não ser mais simples do que café e TV? Algumas vezes complicamos tanto. O Blur é uma grande banda de rock inglesa surgida nos anos 90 que deixou bem claro a quem quizesse ouvir que nada deve ser mais simples e direto do que café e TV. Alienação? Talvez... Não importa o que digam os críticos; a música e a letra de "Coffe & TV" são espetaculares, pois nada pode ser mais simples do que café e TV:_"então me dê café e tv, tão simples eu vi tanto, eu ando cego"
Cofee & TV
Do you feel like a chain-store practically flored One of many zeros kicked around bored Your ears are full, but you're empty holding out your heart to people who never really care how you are
Chorus So give me coffee and TV Peacefully I've seen so much, I'm going blind And I'm brain-dead virtually Sociability is hard enough for me take me away from this big bad world and agree to marry me so we can start over again.
Do you go to the country it isn't very far There's people there who'll hurt you 'cos of who you are your ears are full of their language there's wisdom there you're sure 'till the words start swirling/slurring and you can't find the door